À beleza selvagem do indomável leopardo asiático some o temperamento meigo de um gato doméstico. Acrescente sociabilidade e gosto pela brincadeira. Está a imaginar o quadro? Não o faça mais e conheça pessoalmente um Bengal, nascido, afinal, no pís da coca-cola.
No ínicio foi assim...
Este é o resultado do cruzamento entre o leopardo asiático e o gato doméstico, sendo que há uma exigência a considerar, ele terá de de ser a terceira geração do acasalamentooriginal, a fim de se potenciar o seu lado amistoso, sociável e brincalhão, sem perder a beleza selvagem do leopardo. Tido isto em conta, estará perante um gato perfeito. O Bengal é tipo de raça que se integra sem dificuldades em qualquer família, no seio da qual costuma ter preferência por um dos seus elementos, a quem exige toral disponibilidade e atenção. Afeiçoa-se igualmente a outros animais, mesmo cães e tem predilecção por crianças. Mas esta é uma raça especial com gostos que fogemà normalidade. Por exemplo, o Bengal gosta de água. Não apenas de a beber, ele diverte-se a brincar com a água, não sendo raro que acompanhe o dono nos seus mergulhos na piscina, ou, à falta deste recreio, se atire para dentro da banheira na hora do banho. Fazendo jus ao seu lado selvagem, não apenas é um caçador nato como o seu miado, bem distinto do dos restantes gatos domésticos, tem um timbre selvático, a lembrar os sona da selva, por sorte, é do tipo calado.
A maior parte dos Bengal machos não são férteis
Raro e exclusivo...
O Bengal é um gato raro, mas que pode ser adquirido tanto na Europa como na América, onde nasceu. É verdade. Não obstante as suas origens asiáticas, de onde é natural o felino selvagem envolvido na sua concepção, esta raça nasceu nos Estados Unidos da América. Decorria o ano 1963 quando a geneticista do Arizona, Jean Sugden, na tentativa de alcançar um gato doméstico e afável mas com os traços dos felinos selvagens, cruzou a sua fêmea leopardo com um gato preto de pêlo curto. A experiência não era inédita, mas obteve resultados surpreendentes, uma vez que, e ao contrário de todas as outras tentativas, as crias fêmeas eram férteis, o que é raro em raças híbridas. O projecto seria, todavia, abandonado quando a cientista enviuvou. Novo arranque foi dado em 1973 pelo californiano Willard Centerwall, também ele geneticista, que procurava determinar a origem da resistência dos felinos selvagens à leucemia. Centerwall deu oito das suas fêmeas a Jean Mill (ex-Sudgen) e o projecto retomaria o seu curso. Apenas 10 anos depois, em 1983, era registado o primeiro Bengal na International Cat Association, sob o sugestivo nome de Millwood Finally Found, que quer dizer qualquer coisa como finalmente encontrado o fruto do esforço de Mill. Inicialmente havia sido chamada de Leopardette.
Quem sai aos seus...
Ete é um gato encorpado, grande e musculado. A própria cabeça é larga e redonda, bem como o nariz bem pronunciado. Os olhos ovais e rasgados e as amplas orelhas são alguns dos traços que mais o assemelham ao leopardo, bem como o padrão das manchas que lhe cobre a rica pelagem, formada por um manto espesso, brilhante, macio e curto. Ainda que resultando de um cruzamento forçado e pouco natural, este gato é saudável e resistente, tem uma esperança de vida de 15 anos, e não carece de dieta especial.
Raro e caro. O preço varia entre cerca de €200 e €1300.
Atlético e inteligente...
A sua veia selvagem exige ainda espaço para correr, brincar e caçar, pois é muito, muito activo. Não o prive deste requisito, pois ele potencia uma parte importante do seu carácter e do seu charme. Além de que a sua casa agradece, principalmente se a sua vida exige que deixe longos períodos de tempo sozinho (o que não é uma boa ideia, pois aborrece-se facilmente). Uma solução será ter sempre muitos brinquedos à sua disposição. Antes de pensar arranjar-lhe outro animal por companhia, saiba que o Bengal pode ser ciumento, o que exige que saiba gerir bem os afectos para que ele nunca se sinta em segundo lugar. Não substime nunca a inteligência de um Bengal.